Como identificar e fazer o tratamento adequado de resíduos sólidos

Os resíduos sólidos podem ser considerados um grande problema para a humanidade. Afinal, se encaixam na categoria, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS (Lei 12.305/2010) todos os produtos resultantes da atividade humana, principalmente aqueles produzidos em residências, comércios, indústrias, e animal que são considerados indesejáveis ou sem utilização. Estima-se que cada pessoa produza por dia 1,3 kg de resíduo considerado sólido por dia. No Brasil, um levantamento feito pelo Atlas Brasileiro de GEE e Energia aponta que o país produz cerca de 62 milhões de toneladas de resíduos sólidos ao ano.

O acúmulo e descarte incorreto desses resíduos podem ser extremamente prejudiciais tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. A exemplo podemos analisar uma das doenças que mais dizimou pessoas na Europa durante o século XIV. A peste bubônica ou negra foi ocasionada pela pulga de ratos que proliferavam nas cidades, devido ao hábito de descartar resíduos nas ruas, terrenos e outros locais inadequados. Os produtos descartados se tornaram criadores dos ratos que eram os principais vetores da doença.

A gestão e tratamento correto de resíduos sólidos está associada ao:

> Controle

> Produção

> Armazenamento

> Segregação

> Transporte

> Processamento

> Tratamento

> Destino final do resíduo

Para que o processo seja feito de forma adequada e segura é ainda necessário levar em consideração os princípios de preservação do meio ambiente, dos recursos e principalmente da saúde pública.

Classificação dos resíduos sólidos

O texto da Política Nacional de Resíduos Sólidos classifica os tipos de resíduos de acordo com a origem e a periculosidade.

Resíduos Sólidos Urbanos

São originários de estabelecimentos comerciais, domicílios e da limpeza urbana (varrição de logradouros e vias públicas e outros serviços públicos de limpeza). Podem ser divididos pela composição química em:

  • Resíduos Orgânicos – Compostos por alimentos e outros materiais que se decompõem na natureza, tais como cascas e bagaços de frutas, verduras, material de podas de jardins, entre outros;
  • Resíduos Inorgânicos – Compostos por produtos manufaturados, tais como plásticos, cortiças, espumas, metais e tecidos;
  • Resíduos Sólidos Industriais – São os gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Podem ser descartados em estado sólido ou semissólido, como lodos e alguns líquidos contaminantes, que não podem ser lançados na rede pública de esgotos ou corpos d’água;
  • Resíduos Especiais – Os riscos que representam para o meio ambiente e a saúde pública são outra forma de classificação de resíduos considerados especiais. Podem ser gerados em atividades industriais, hospitalares, agrícolas, entre outras, e exigem cuidados especiais no seu acondicionamento, transporte, tratamento e destino final.